quinta-feira, 31 de março de 2011

//Poster de Filmes: Seleção #01

Sou fã de cinema. Adoro ir ao cinema e ver um bom filme, uma história bem contada. Após o término do filme, gosto de buscar informações sobre aquele filme, ler o que as pessoas têm falado sobre eles e, como designer, gosto de ver os posters que foram criados para divulgá-los.

Assim, começo esta categoria no meu blog, trazendo, em cada seleção, 5 posters de filmes que eu assisti no cinema e que gostei (do filme e do poster).

O Retrato de Dorian Gray - Poster 01


Cisne Negro - Posters 02/03/04




Preciosa: Poster 05


Red Kisses,

Chris, The Red

quarta-feira, 30 de março de 2011

//Portfolio: CaahBeta - Criando para minha irmã!

Como já postei aqui, minha irmã passou no vestibular para Bacharel em Turismo. As aulas dela já começaram e ela resolveu criar um blog, que será um espaço para ela falar sobre Turismo, sobre o curso, entre outras coisas, mas principalmente, sobre o curso de Turismo e é claro que eu, como maninho dela, iria fazer algo para o blog dela. Assim, criei uma marca com o nome do blog, CAAHBETA. Para compor, trouxe o símbolo da Estátua da Liberdade, em NY, lugar que minha irmã gosta e quer um dia morar.


Para o fundo do blog, resolvi brincar com a diversidade de NY, uma cidade cosmopolita, ponto de encontro do mundo, de credos, raças, cores, formas. A minha visão desta cidade, da Big Apple.



Link: http://caahbeta.blogspot.com/

Maninha, muito sucesso na sua carreira. Que a Luz de acompanhe e te traga muitas energias positivas. Te amo!

Red Kisses,

Chris, The Red

domingo, 27 de março de 2011

//Algumas Palavras: Quanto Tempo Para Acertar?

Eu acreditei
Mas a pessoa certa não era a certa
Os sonhos em comum eram unilaterais
E a verdade não era absoluta

O coração não bate por você. Não mais
Nunca mais será a mesma coisa
Se perdeu
Afeto. Carinho. Amizade. Amor

O respeito ficou
A confiança quebrou
A mágoa tomou conta
O coração chorou

As palavras certas eram falsas
O silêncio, grande demais

Quanto tempo para acertar?
Quanto tempo para ser livre?
Quanto tempo para amar de novo?


Red Kisses,

Chris, The Red

//PWD: Poster Comunicação Interna de Massa

CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR
Red Kisses,

Chris, The Red

sábado, 26 de março de 2011

//Family: As Luzes Foram Apagadas!!!!

20h30. Luzes totalmente apagadas aqui em casa.

Neste tempo, ficamos ao redor da mesa, comendo pizza, bebendo vinho e jogando baralho à luz de velas e foi bem divertido. Me fez lembrar o quanto é possível nos divertirmos sem precisar da energia elétrica, de uma época em que as pessoas se reuniam ao redor da fogueira para contar prosas e cantar.










Entre os vinhos escolhidos para passar A Hora do Planeta, estavam um argentino e um português. Ambos inéditos ao meu paladar. Começamos com o vinho português, Pedra D'Armas, Vinho Douro Tinto, safra 2008, produzido com uvas provenientes do Douro Superior (tinta Roriz[40%], Touriga Franca[30%] e Tinta Barroca[30%]. Um vinho seco frutado que me foi muito agradável ao paladar. Já o segundo, o argentino, Alta Vista Classic, Malbec, Safra 2007, não retornará à minha carta de vinhos.

Placar Final do Jogo de Baralho:
1º lugar: Ademir - 10 vitórias
2º lugar: Eu - 6 vitórias
3º lugar: Verbena - 2 vitórias

E aqui em casa, a Hora do Planeta terminou às 22:30.

Red Kisses,

Chris, The Red


//Algumas Palavras: O Profissional que busco ser...

Esta semana, no facebook do Joélio, vi o vídeo da Madonna (abaixo), na turnê Sticky & Sweet Tour, em Tel Aviv, Israel.

No vídeo, ela está cantando a música Beat Goes On, observa que o palco está molhado (aos 45 segundos do vídeo) e avisa a um dos responsáveis para que o mesmo vá lá e seque o palco (dos 50 aos 55 segundos). Enquanto isso, ela segue a apresentação, quando retorna ao centro do palco percebe que o chão ainda está molhado (1 minuto e 38 segundos). Ao invés de chamar novamente o assistente, vai lá atrás, cantando, pega um pano, cantando, seca o chão, cantando. E então, com o chão seco, continua a apresentação.


O que quero dizer com isso? “Nossa, Madonna se abaixou e secou o chão?”. Claro que não, pois aí seria muita estupidez de minha parte. O que quero mostrar é o que eu sempre admirei em Madonna e me inspirou a ser o profissional que busco ser.

Sou designer, a essência do meu trabalho é CRIAR. Mas, gosto de ir além. No meu entender, um profissional deve ir além do que é sua responsabilidade principal. É o tipo de profissional que busco ser, alguém que se envolve com o processo criativo, com o cliente e está atento ao que está acontecendo ao seu redor.

Quando Madonna observa a água no palco e, depois, o seca ela mesma, não é frescura de artista que não pode ver um chão molhado. Pelo contrário, tal atitude mostra seu nível de envolvimento com todo o processo do show. Misturar chão molhado com dançarinos que desafiam a gravidade não é legal. Ela sabe os riscos que corre junto com sua equipe, e todos devem evitar um acidente grave.

Estar ali cantando, se apresentando, não a impede de estar conectada com tudo que acontece ao seu redor e perceber as necessidades para que o seu show possa fluir da melhor forma possível e propiciar a seus fãs momentos que para sempre serão guardados.

Quando crio, busco o mesmo, quero criar algo que meu cliente se apaixone, estou fazendo parte de um sonho dele, um momento importante da sua vida, do qual me permitiu fazer parte. É como a interação Madonna/Fãs. Madonna é talentosa, mas não seria quem é se não tivesse os fãs para lhe dar suporte e apoio. Em resposta a isto, traz em seus shows muita energia e muito profissionalismo.

Posso ser talentoso, mas meu talento sozinho não é nada se não houver pessoas que acreditam no que eu faço. Pessoas que me permitam fazer parte de suas aspirações, seus desejos, ambições e sonhos. E por ter esta honra, é que busco ser um profissional que vai além e que se for preciso pegar o pano e secar o chão, assim o farei.

Muita gente fala que Madonna tornou-se a pessoa que é porque é uma excelente “marketeira”. Sim, ela faz estratégias de marketing excelentes, mas antes de tudo, eu diria que Madonna tornou-se o que é porque ela é uma excelente profissional. O tipo de profissional que busco ser, do tipo que sempre se desafia, que não se acomoda no conforto do já conquistado, mas que se reinventa, ousa, arrisca. O tipo de profissional que se alia às pessoas certas para alcançar os melhores resultados.

Com minha mãe, tive os primeiros passos do tipo de profissional que quero ser. Ela me mostrou que para conquistar o meu espaço, respeitar e ser responsável é primordial. Com Madonna, entendi a importância de ir além do esperado. Com o meu talento, entendi que posso ser o profissional que desejar me tornar e ser muito bem pago, pois isso faz parte do processo, não é mesmo?

Red Kisses,

Chris, The Red

//News: Apague a Luz!!!



Red Kisses,

Chris, The Red

//Friends: Nanda e Boccantino Nero d'Avola

Ontem, dia 25 de março de 2011, fui com a Nanda, amiga minha desde os tempos da UnB, ao Carpe Diem La Cuccina, no Terraço Shopping, para uma noite agradabilíssima de bom papo, massas e vinho.

No cardápio, Ravióli de Maçã com Requeijão e Aroma de Mel e Canela (ravióli recheado com requeijão e parmesão, pedaços de maçã caramelizada no mel e canela, servido com molho alfredo)Canelone de Carne com Espinafre e Gorgonzola (canelone recheado com carne picada refogada, espinafre, parmesão e gorgonzola servido com molho de tomate e bechamel). E para acompanhar estas delícias gastronômicas, o vinho escolhido foi o da Cantina Boccantino, da região da Sicília, Itália, safra 2009 e que me trouxe a oportunidade de conhecer a uva Nero D’Avola.

Com certeza, será um novo item na minha carta de vinhos.





Procurando na internet sobre esta uva, encontrei o seguinte texto no blog Falando de Vinhos, de João Filipe Clemente:

"Nestes posts sobre Uvas & Vinhos, não vamos nos ater somente às tradicionais cepas mais conhecidas, mas enveredaremos por regiões diferentes e uvas autóctones das regiões mais diversas de nossa vinosfera. Nesta semana passamos na Sicilia, sul da Itália, para falarmos da Nero D’Avola uma uva autóctone da ilha.
Nero d'AvolaOriginária da Sicília, esta variedade tinta tem aparecido com maior freqüência em vinhos varietais no mercado mundial. Até pouco tempo atrás, era usada básicamente em assemblages com o intuito de aportar cor e corpo. É a uva tinta mais tradicional e importante da região, também conhecida como Calabrese, é responsável por alguns dos melhores tintos da Sicília, além de participar do corte do tradicional vinho Marsala. Sua origem nos remete a centenas de anos atrás, na cidade Avola, ao sul da ilha, na parte meridional da província de Siracusa, onde a uva parece ter sido descoberta por produtores locais. Hoje é cultivada por toda a ilha, mas com maior destaque na região sul, graças a seu clima e solo, ideais para o desenvolvimento da Nero D’Alvola.
           É muito comparada à uva Syrah, seja em suas características físicas como organolépticas e preferência por regiões geográficas mais quentes e ensolaradas. Quando vinificada sozinha, produz vinhos com grande intensidade de cor, potencial de envelhecimento, especialmente quando passa por barricas de carvalho, boa estrutura, taninos robustos porém macios, mostrando comumente notas de ameixa e chocolate.
          A Sicilia foi durante muito tempo um exportador de vinhos a granel, inclusive para outras regiões da Itália, tendo priorizado por demasiado tempo, quantidade sobre qualidade. Somente de uns tempos para cá é que houve uma reformulação e inversão de prioridades, podendo hoje contar com um número considerável de bons vinhos possibilitando escolher vinhos mais ou menos robustos, mais amistosos, de maior guarda ou para serem tomados jovens. Abaixo seguem algumas indicações de vinhos que acho serem uma boa porta de entrada para os sabores desta uva devendo-se tomar cuidado com o nível de teor alcoólico dos rótulos advindos desta região já que o excessivo calor pode gerar níveis bastante altos. Os rótulos não são muitos, mas são de vinhos provados e aprovados, com preço final consumidor aproximado e todos de um estilo de bom corpo e volume de boca, porém mais elegantes, equilibrados e saborosos sem perder a tipicidade e sabores únicos desta cepa. Gosto de bons vinho e ponto, porém estas uvas autóctones geram vinhos por demais interessantes e diferenciados que fazem meu dia! Espero que façam o seu também.Nero D'Avola 2
  • Masseria Trajone Nero D’Avola 2006 –Vinci – R$38,00
  • Branciforti Nero D’Avola 2005 – Expand– R$50,00
  • Kailá Nero D’Avola 2006 – Decanter – R$51,00
  • Regaleali Nero d´Avola 2006 – Mistral – R$68,00
  • Chiaramonte 2005 – Expand – R$75,00
  • Aliré Syrah c/ Nero D’Avola 2005 –Decanter – R$87,00
  • Passo Delle Mule 2006 – Portal dos Vinhos (Bruck) – R$97,50
Quanto á harmonização destes vinhos, eis o que o amigo e especialista em harmonização Álvaro Galvão (Divino Guia) tem a nos dizer: “Falar dos vinhos feitos com a uva Nero D’avola é ao mesmo tempo fácil e difícil. Fácil, porque é uma das uvas mais emblemáticas do sul da Itália, e que compõe grande parte dos vinhos feitos por aquele terroir, vulcânico. mediterrâneo e agreste, o que confere  mineralidade e acidez a esta uva, componentes que a fazem muito gastronômica, mas em compensação muitas das vezes, mais alcoólica do que devia, já que o terreno pedregoso com muito calor durante o dia e temperaturas mais amenas à noite, fazem amadurecer as uvas com alto teor de polifenóis e açúcares, gerando o alto teor de álcool.
           Difícil, porque é tão versátil, que nos parece redundância dizer que ela harmoniza bem com molhos de tomates mais acídulos, com carnes de caça, de penas ou não, e com cogumelos de várias origens. Ah, não nos esqueçamos dos queijos, de cabra inclusive, que são mais ácidos, e por isto mesmo, pedem um vinho idem e com certo teor de álcool.
          Peixes mais gordurosos como os nossos Surubim, Pintado, Cachara, e mesmo o Pacú e Tambaqui, creio que seria uma pedida ousada e interessante, mas lembro que os dois últimos, só assados, sendo que os de couro, podem vir em caldeiradas e/ou assados.”
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Nanda, a noite foi ótima, o papo intrigante e interessante e a companhia maravilhosa. Até a próxima.

Red Kisses,

Chris, The Red


sexta-feira, 25 de março de 2011

//Portfolio: Livros - Lugares, Pessoas e Grupos

Em 2010, em parceria com a agência Cartaz, diagramei o livro Lugares, Pessoas e Grupos: as lógicas do pertencimento em perspectiva internacional, organizado por Wilson Trajano Filho. A agência Cartaz ficou responsável pelo projeto gráfico e foi financiado com recurso do projeto PROCAD/CAPES "Relações de alteridade e a produção das desigualdades: uma perspectiva Sul-Sul".

Dados do Livro:
- Conselho editorial: Alcida Rita Ramos (UnB), Roque de Barros Laraia (UnB), Luis Roberto Cardoso de Oliveira (UnB)
- Revisora: Malu Resende
- Projeto Gráfico: Cartaz Criações e Projetos Gráficos
- Diagramação: Christian de Sousa
- Tiragem: 1.000 exemplares
- ISBN: 978-85-62539-09-1







Red Kisses,

Chris, The Red
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De cara nova

E já que estava fazendo vários blogs ultimamente, resolvi renovar a cara aqui do blog. No fundo, brinquei com alguns logos criados por mim. Mudei também as cores, deixando o blog mais claro, deixando o meu vermelho característico para links e destaques.

E aí, gostaram do novo visual?

Red Kisses,

Chris, The Red
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quinta-feira, 24 de março de 2011

//Portfolio: Blog da Ana

Terça da semana passada, dia 15 de março de 2011, estive em uma reunião com a Ana Luiza Favato, do Blog da Ana. Ela precisava com urgência criar a marca do blog, cartão de visita, um novo layout para o blog, pois o mesmo tinha sido um dos selecionados para fazer a cobertura do Claro ParkFashion, evento organizado pelo ParkShopping, em Brasília e que está acontecendo esta semana. Em outras palavras, apenas 5 dias para criar toda uma nova identidade visual.

Para a marca trabalhei com textura em tons de bege, preferidos da Ana Luiza. Como a marca tem 3 letras "a", optei por fazer uma diferenciação na leitura do "DA" para trazer uma maior harmonia à marca. Deixando o nome "ANA" com um tom de bege mais claro para destacar.


Em seguida, desenvolvi o cartão de visita, no formato quadrado para dar um ar mais moderno ao cartão.

Frente / Verso (ainda não tenho foto do cartão pronto, pois foi da gráfica direto para a Ana Luiza, mas assim que encontrar com ela, tiro foto e publico aqui)
Por fim, o blog

Antes


Depois


Para o fundo do blog, trabalhei com uma foto da própria Ana sobre um fundo preto, estilizando-a no Photoshop e trazendo imagens abstratas criadas no Illustrator, em tons de bege, os mesmos utilizados na marca. Este fundo será usado durante o Claro ParkFashion, sendo substituído por um outro que já está sendo criado quando o evento finalizar. As três colunas da versão anterior do blog foram transformadas em duas, dando mais espaço para conteúdo e optando por uma barra lateral, concentrando todas as informações extras, assim como, espaço para anúncios.

Para acessar o blog da Ana, clique: www.analuizafavato.com

Red Kisses,

Chris, The Red.

//Song of the Week: Downhere - Comimg Back Here

Eu conheci o grupo Downhere por meio de um amigo e de cara me apaixonei pela música How Many Kings. Esta semana estava ouvindo o álbum Ending is Beginning e a música Coming Back Home me chamou atenção e virou a música mais tocada no meu iTunes esta semana. Segue a música e a letra para vocês conhecerem também.


 Letra         

After the longest exile
Trying to make it on my own
Aching for my home
I've been astray for much too long
And knowing I've done you so much wrong
Just makes me feel that much more alone
But in my sadness
I hear you calling, so

Chorus:
I'm coming back home
To build what I tore down
I left my world in shambles
Only this time
I'll let you wear the crown, ohh
I'm coming back home
To build what I tore down
If you will forgive me
You won't fail me
You won't let me down

(Coming back home to build it)

I've been afraid of what I'll find
When I open the door to what's inside
I'm back, but all's not right
Cuz there is still a mess to clean up
There are wars to fight and be freed of
But if You're there with me
I will have no reason to fear
Cuz in this madness
You are my solace

Repeat Chorus

(Coming back home to build it)

(Into your arms this wayward son is)

Repeat Chorus


Red Kisses,

Chris, The Red

//Portfolio: Ualmenidades - Blog

Hoje, finalizei a criação do layout para o Blog do Ualmenidades, do meu amigo Ualison Moreira.

Dia 01 de fevereiro de 2010, criei a marca dele, como postado aqui: http://christhered.blogspot.com/2010/02/falando-de-amenidades.html

Dia 05 de março de 2011, criei o cartão de visita dele, como postado aqui: http://christhered.blogspot.com/2011/03/portfolio-ualmenidades-cartao-de-visita.html

E agora, finalizei o blog, criando um fundo bem legal para ilustrar o blog:


Para visitar o site, é só clicar: www.ualmenidades.com.br.

Red Kisses,

Chris

domingo, 20 de março de 2011

//Pós-Graduação: Fórum 14

O texto abaixo foi escrito para minha participação no fórum 14 da minha pós-graduação. Primeiramente, apresento a questão e em seguida, meu texto.

O texto “Passagens da Fotografia” propõe uma reflexão sobre o fazer fotográfico atual, tomando como ponto de partida uma de suas questões fundadoras, que sempre permeou os debates e ainda estimula a produção e o pensamento fotográficos. Essa questão diz respeito à própria definição da fotografia: o que a caracteriza enquanto prática e linguagem no contexto das artes visuais e dos demais saberes humanos?

Segundo nos explica Antonio Fatorelli, as possibilidades de resposta a essa questão, inaugurada no século XIX, já se deram marcadas por duas tendências. Uma purista, que tenderia a defender a autonomia da fotografia com relação a outras práticas e a definiria como reflexo da realidade através dos procedimentos próprios ao meio. Outrapluralista, que trataria de assimilar uma prática aberta às influências da pintura e de outras formas de expressão e teria introduzido um maior grau de experimentação técnico-formal e questionamento de seu índice de realidade.

A partir do delineamento dessas duas tendências, uma série de análises comparativas entre importantes fotógrafos nos orienta pelo desenvolvimento da fotografia até a produção mais atual. Com Emerson e Robinson, vimos como esse debate envolveu diferentes noções de veracidade e artifício no âmbito de uma busca comum por realismo; com Stieglitz e Man Ray, a recusa e a adesão à hibridização constituíram direções divergentes dentro de um mesmo interesse pela lógica subjacente das imagens; e com Meyerowitz e Fleischer, a virtualização contemporânea se apresenta em distintas ênfases, por um lado como um novo “sublime natural”, por outro lado como a radical dessubstancialização da fotografia.

Hoje, as redes e os recursos eletrônicos são meios de produção estética e de múltiplas experiências espaço-temporais, e a desmaterialização de processos e produtos transforma continuamente a nossa relação com os objetos e as imagens. Nesse contexto, como fica a antiga questão sobre o índice de realidade da imagem fotográfica?Parte significativa do fazer fotográfico recente tem evidenciado que as experiências que fazemos do real estão sempre, em alguma medida, misturadas ao aparente, ideal, ilusório ou suposto, isto é, são inseparáveis de uma dimensão virtual. E a recíproca também é verdadeira: experimentamos o virtual sempre em diálogo com o que conhecemos como real – lembre-se, por exemplo, do que acontece em sonhos, na imaginação ou em simulações eletrônicas.

Essa é uma lição que podemos extrair da obra dos contemporâneos Meyerowitz e Fleischer, já que o primeiro mostra um real filtrado pelo virtual, enquanto o segundo trabalha um virtual colado ao real. Poderíamos afirmar coisas semelhantes sobre as obras de Cindy Sherman e Laurie Simmons. Procure conhecer mais a respeito das produções desses quatro fotógrafos acessando-as na Internet ou em qualquer fonte à sua disposição.

Reflita: como essas obras lidam com a tensão entre “natureza” e “artifício”?

Aproveite para fazer a si mesmo esta pergunta: como o seu próprio trabalho articula as dimensões do real e do virtual, que inseparavelmente constituem as imagens?

O desenvolvimento do “virtual tecnológico” tem colaborado para uma crescente virtualização da fotografia, mas o interesse dos fotógrafos no vínculo real/virtual é anterior à expansão dos circuitos eletrônicos, pois surgiu junto com os primeiros recursos fotográficos, como vimos com Robinson. Outro fotógrafo que prefigurou as experimentações e a plena virtualização do momento atual foi Man Ray. Faça uma pesquisa mais ampla de imagens e textos sobre a obra desse artista que, além de fotógrafo, foi cineasta e pintor – e lembre-se dos dois trechos de seu filme “O retorno à razão” incluídos no CD-ROM. Observe a sua variada produção, sempre envolvida nas possibilidades da arte como meio de acesso ao inconsciente.

Fatorelli menciona três aspectos que seriam característicos das imagens na contemporaneidade: o descentramento, a desconexão com o aqui/agora e o trânsito entre diferentes suportes.Como poderíamos relacionar esses aspectos à obra de Man Ray?

Nesse fórum debata com seus colegas alguns significados e exemplos desses três aspectos na produção de Man Ray.


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Não querendo entrar no mundo Freudiano, mas já que o mesmo foi citado no texto analisado, Passagens da Fotografia, de Antonio Fatorelli, em diversos momentos, por exemplo, na página 02:“fortemente ancoradas na subjetividade do artista, que encontram seu correlato nas várias grades modernistas e no modelo de inconsciente proposto pelas correntes psicanalíticas centradas nas contribuições de Sigmund Freud.”

Também na página 07: “Ao apontar para uma engenharia da interioridade do sujeito e para uma lógica subjacente das imagens, o conceito freudiano de inconsciente está no cerne da produção”. E na página 16: “Acolhendo o método de análise defendido por Freud, em especial o lugar de prioridade que este concedeu à realidade psíquica e ao sonho como expressão do inconsciente, Breton defende, no seu primeiro manifesto, a superação das antinomias que segregam a realidade cotidiana do universo onírico.”

Sempre que analisamos a história da arte, é inevitável que este jogo de psique, sentimentos, duelos e contradições estejam presentes, pois é parte da nossa natureza, questionar, incomodar-se e incomodar, criticar, ir no caminho oposto. Assim é construída a história da Humanidade, assim é construída a história das Artes Visuais e o campo da fotografia não ficaria de fora. E este é um dos aspectos que caracteriza a fotografia enquanto prática e linguagem nas artes visuais. Desde a invenção da câmera fotográfica, fotógrafos/artistas buscam novas formas de imortalizar o que se vê, o que se vive, transformar nossas memórias em imagens reais. Hoje, mais do que nunca, fotografamos, uma câmera fotográfica é essencial em qualquer aparelho celular que se preze.

No Iphone, o Instagram [1] é um dos aplicativos mais baixados na App Store. E todos buscam não apenas fotografar o real, mas transformar a realidade fotografada.

Hoje, observamos a busca por lentes para a câmeras fotográficas que distorcem a realidade. Vide as fotos abaixo da Monjardim Noleto Fotografia [2]. Não busca-se apenas eternizar o momento, mas transformar este momento por meio de uma imagem distorcida da realidade.


 Toda esta evolução e questionamentos no campo da fotografia, assim como, alguns dos principais responsáveis por estas transformações, nos são apresentados no texto de Fatorelli. Entre estes representantes, encontra-se Man Ray.

Além disso, o autor introduz-nos a três conceitos: descentramento, desconexão com o aqui e o agora e trânsito entre os suportes [3]. e como proposto no questionamento deste fórum, o objetivo é associar as obras de Man Ray a estes três conceitos.

Primeiramente, faz-se necessário entender cada um deles. Para isso, vou utilizar a tríade apresentada por Fatorelli, das três imagens mas com adaptações.

Primeira imagem ou Descentramento
O trecho “o sentido da imagem passa a depender exclusivamente da participação do observador, da intencionalidade do criador e do seu próprio poder projetivo”, [4] para mim, é o que melhor conceitua esta ideia de descentrameto. Quando o foco da imagem deixa de ser uma transposição fiel da realidade, acontece uma descentralização do conceito principal e este pode assumir a forma que o seu observador desejar. o artista transfere para o público o poder de conceituar sua obra conforme a própria imaginação. A obra Self-Portrait Assemblage, de 1916, de Man Ray, encaixa-se neste conceito.




Geralmente, quando pensamos em auto-retrato, o imaginamos com o aspecto humano do artista. Man Ray se representou nesta obra por meio de objetos e transferiu para o observador a conceitualização dos elementos, a forma como podemos imaginar como ele se vê.

Segunda imagem ou Desconexão com o aqui e o agora
Cito o trecho “impõem um afastamento da noção de natureza como realidade a partir da qual se constituiria a imagem reflexo.”, [5] como o que melhor define este segundo conceito. O ato de fotografar se desconectou do momento presente, com a realidade vigente. Não fotogramos mais apenas o que vemos, mas o que podemos ver e imaginar. Para isso, os novos artistas criam cenários e situações com finalidades estritamente fotográficas.



Escolhi a obra Tears, de 1930-1932, para exemplificar este segundo conceito. Man Ray, para interpretar a mensagem de tristeza, de lágrimas, de dor, não precisou esperar uma situação de encontrar uma pessoa que estivesse chorando para expressá-la em uma foto. Pelo contrário, ele criou a situação, ele burlou o tempo e o espaço, retratando em uma imagem, uma situação que não existia no tempo real, a da dor, mas que foi criada.

Terceira imagem ou Trânsito entre os suportes
Por fim, o terceiro conceito apresentado por Fatorelli, o de trânsito entre os suportes. No texto, retiro o trecho “No âmbito da crítica da imagem, a categoria fotografia foi redefinida de modo a incorporar as mutações em curso. Fixado pelo ideário modernista em função da separação entre os diferentes meios de expressão, o conceito de fotografia foi estendido com vistas a abrigar formas limítrofes e híbridas.”, [6] como o que melhor denomina este conceito. Fotografar tornou-se um ato de misturar técnicas, ideais, sair do básico e buscar novas formas de realizar a arte da fotografia. E é neste conceito que eu vejo a melhor conexão das obras de Man Ray.

Man Ray foi um grande inovador nesta área. Com as técnicas de solarização e os “rayogramas”, ele reinventou a fotografia e ultrapassou os limites até então impostos a este campo artístico. E aqui, vejo muitos exemplos de obras. Abaixo, algumas delas:

Untitled Rayograph (Net and Shavings), 1924
Sleeping Woman, 1929
Calla Lilies, 1930
Untitled Rayograph: From the Portfolio “Les Champs Délicieux”, 1922


Notas de Rodapé: 
[1] Aplicativo para produtos Apple que é uma rede social de fotografias, da qual faço parte. Nela, as pessoas tiram fotos com seus Iphones e enviar para a rede, podendo ser visualizadas por pessoas do mundo inteiro que possuem Iphone e que estejam na rede. 
[2] Imagens extraídas do site da Monjardim Noleto Fotografia: http://monjardimnoleto.com.br
[3] Página 20, §3º
[4] Página 20, §3º
[5] Página 20, §5º
[6] Página 20, §7º


REFERENCIAL TEÓRICO 
- O Livro da Arte, PubliFolha, página 295 
- http://oseculoprodigioso.blogspot.com/2007/02/ray-man-fotografia-dadasta-surrealista.html 
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Man_Ray 
- http://www.algosobre.com.br/biografias/man-ray.html 
- http://comicsando.wordpress.com/2008/11/20/man-ray/ 
- http://www.all-art.org/art_20th_century/man_ray1.html 

As referências abaixo foram pesquisadas, lidas. No entanto, não fiz uso delas no meu texto. 
- http://en.wikipedia.org/wiki/Oscar_Gustave_Rejlander 
- http://www.google.com.br/images?q=Oscar+Rejlander&um=1&ie=UTF-8&source=univ&sa=X&ei=WiqGTYvyAseB0QHhy9XaCA&ved=0CCcQsAQ&biw=1536&bih=1268 
- http://www.rleggat.com/photohistory/history/rejlande.htm 
- http://artecomentada.blogspot.com/2009/03/oscar-gustave-rejlander.html 
- http://en.wikipedia.org/wiki/Henry_Peach_Robinson 
- http://www.google.com.br/images?hl=pt-BR&q=Henry+Peach+Robinson&um=1&ie=UTF-8&source=univ&sa=X&ei=eCqGTau_Do6w0QG8i9G_CA&ved=0CDMQsAQ&biw=1536&bih=1268
- http://www.rleggat.com/photohistory/history/robinson.htm 
- http://en.wikipedia.org/wiki/Peter_Henry_Emerson 
- http://www.google.com.br/images?hl=pt-BR&q=Peter+Henry+Emerson&um=1&ie=UTF-8&source=univ&sa=X&ei=kyqGTcb5J4iZ0QHQx6DlCA&ved=0CDcQsAQ&biw=1536&bih=1268
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Red Kisses,

Chris, The Red

sexta-feira, 18 de março de 2011

//The Red Recomenda: Palestra Energia Eólica e Solar (Como Gerar sua Própria Energia Elétrica promovendo a Sustentabilidade)

Próxima segunda-feira, acontecerá a palestra


Energia Eólica e Solar 
Como Gerar sua Própria Energia Elétrica
promovendo a Sustentabilidade


Apareçam por lá.

Red Kisses,

Chris, The Red

terça-feira, 15 de março de 2011

//Portfolio: Julio Skov Videos - Gambler

Conforme anunciado anteriormente, mais um super lançamento de vídeo do Julio Skov Vídeos e mais uma arte criada por mim para o DVD Promocional de Gambler, música dos anos 80 da Madonna. Confiram:

O Vídeo


A Arte




Para fazer o download do vídeo e da arte em alta qualidade, clique aqui.

Red Kisses,

Chris, The Red

//Voices of My Mind: logos


Red Kisses,

Chris, The Red

segunda-feira, 14 de março de 2011

//Pós-Graduação: Questão Individual 06

Questão:

No Módulo I, estudamos as obras incluídas no CD-ROM a partir de suas relações com dez conceitos. Esses conceitos nos ajudaram a perceber alguns aspectos importantes nessas obras, como questões estéticas, vínculos com o contexto histórico e significados culturais, e nos permitiram refletir sobre possíveis relações entre trabalhos bem distintos entre si, como peças de vestuário, pinturas e cadeiras. Mas, como vimos desde o começo do curso, todos os objetos e imagens podem ser experimentados e compreendidos sob inúmeros pontos de vista, portanto podem relacionar-se a conceitos e significados diversos.

Propomos agora que você exercite diferentes possibilidades de interpretação dos conceitos e das obras reunidas no CD-ROM.

Escolha um dos dez conceitos trabalhados ao longo do Módulo I (fragmentação, profusão, movimento, leveza, distorção, montagem, repetição, abstração, geometria ou sinuosidade). Vá ao CD-ROM e, utilizando a ferramenta Espaço de Pesquisa, selecione um grupo de cinco a oito obras que, na sua opinião, também possam ser relacionadas ao conceito escolhido, sem levar em conta as dez obras que já foram associadas a esse conceito no seu respectivo Bloco.

Elabore um texto, com no máximo uma lauda de extensão , sobre as obras que você selecionou, explicando como percebe as relações de cada uma com o conceito escolhido, e envie o texto.


Resposta:

Na realização do meu trabalho prático do Bloco Fragmentação, eu escrevi: “Brincar com o todo, transformando-o em partes, para criar um novo todo”.

Muitas são as obras que vimos no módulo 1 que seguem esta mesma ideia de recriar uma nova identidade a partir de pedaços, resíduos, fragmentos de um todo. Ou ainda, o uso do elemento simples, único para a construção da unidade.
Como veremos a seguir nas obras que escolhi para compor este artigo e exemplificar como os conceitos estudados se interligam.
Primeiramente, no Bloco Movimento, escolhi duas obras que trazem em si o conceito de Fragmentação.

O primeiro é o cartaz criado por Georgii e Vladimir Stenberg, para o filme Um homem com uma câmera, 1929. O dinamismo, movimento e a perspectiva que observamos no cartaz é fruto do uso de fragmentos de imagens, que foram reunidas por meio da técnica de fotomontagem, criando uma nova identidade.

A segunda obra é o readymade de Duchamp, Roda de Bicicleta, 1913. A própria ideia de readymade já traz em si o conceito de Fragmentação. Ao utilizar pedaços de uma bicicleta, conectando-a a um banco de madeira, Marcel não apenas utilizou o conceito de fragmentação, mas trouxe para o valor artístico, objetos que separados não tinham tal valor. 


No Bloco Leveza, escolhi a obra Trenzinho de Mira Schendel, 1966. Pedaços de papel que alinhados um atrás do outro transmitem a ideia de um trem. Os fragmentos que compõem uma imagem, uma ideia. E vai além, pois por ser uma obra não durável, o que ficou foram pedaços da obra nas memórias dos que tiveram a oportunidade de vê-la pessoalmente. 


Do Bloco Abstração, trago a obra de Iberê Camargo, Núcleo em expansão, 1965. A forma como o artista utilizou a pintura para representar esta explosão energética, por meio de fragmentos de pinceladas ou como o próprio texto cita: “a força gestual da pincelada, que faz a tinta pulsar e quase nos tragar em seus turbilhões”. Esta forma de pintura me remete ao conceito de fragmentação, no qual as pinceladas formam uma imagem única,
a imagem de uma expansão.

A obra de Raoul Housmann, “ABCD, retrato do artista”, 1923, do Bloco Montagem é a própria representacão gráfica do conceito de fragmentação. A colagem de várias imagens que forma a identidade do autor. A fragmentação que está diretamente ligada a escola dadaísta e que é um dos conceitos essenciais desse movimento.
Pedaços de vagão de trem transformam-se em uma ideia. A ideia do caos urbano, do que está ao nosso redor e não é visto, transformam o olhar de quem os vê. Pedaços de trem formam um todo. Aqui está a fragmentação na obra sem título, de José Resende, de 2002, que vimos no Bloco Repetição

São os fragmentos que formam a obra Die Erfüllung, 1905-7, de Gustav Klimt, que vimos no Bloco Geometria. Formas, cores, fragmentos. A conexão destes elementos é uma constante nas obras de Klimt e encaixam-se perfeitamente no conceito de Fragmentação, quando pedaços de vários elementos, como elipses, quadrados, triângulos, cores, círculos, entre outros se harmonizam e dão forma às suas obras incríveis. 

Quando Raoul Ubac traz a técnica da solarização à fotografia, ele não apenas distorce a realidade, ele apresenta pedaços desta realidade. É o que observamos na obra “O combate de Pentesiléia”, 1937, estudada no Bloco Profusão. Em sua obra, Ubac nos apresenta uma profusão de formas brilhantes que são apenas fragmentos do objeto retratado.


Por fim, trago a obra de Alberto Giacometti, “Mulher em pé”, 1957, do Bloco Distorção, para concluir as exemplificações de como o conceito de Fragmentação conecta-se aos outros conceitos estudados no módulo 1. 


Na obra em questão, “a matéria degradada, quase sem forma, sem proporção ou equilíbrio”. No meu ponto de vista, Giacometti distorce a forma humana, mostrando-a como ele a vê na realidade. A interpretação do artista para a realidade vivenciada.

Esta simboliza a ideia de uma sociedade fragmentada, de uma sociedade rompida e corrompida pela quebra de valores, da ética e do respeito humano vivenciada
nas duas guerras mundiais.

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Red Kisses,

Chris, The Red